Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de adultos, em todo o mundo, está acima do peso e desses, 500 milhões são considerados obesos. São mais de 40 milhões de crianças, com idade até cinco anos, que estão acima do peso. Só no Brasil, cerca de 20% da população tem obesidade. O excesso de peso está presente em 60% dos brasileiros adultos. Essas estatísticas estão em elevação e em todas as faixas etárias.
A Associação Americana de Medicina já considera a obesidade uma doença crônica, ou seja, não tem cura, mas tem controle. São várias as causas que estão relacionadas à obesidade, entre elas a genética, o aumento no consumo de alimentos industrializados e o estresse. Mas alguns estudos já apontam a poluição e bactérias presentes no intestino como alguns dos fatores que contribuem para o surgimento da doença. As pesquisas mostram que a obesidade vai além do comer muito e gastar pouca caloria.
O excesso de gordura é uma verdadeira bomba relógio, já que pode desencadear outras doenças como diabetes, asma e problemas cardiovasculares. Isso porque a gordura não é só a aparente, geralmente localizada no abdômen, coxas e braços, mas também a que se instala no fígado, nas paredes dos intestinos e em volta do coração.
Vários tipos de câncer estão relacionados com a obesidade, como o de mama e o do endométrio, que são mais comuns em mulheres obesas do que nas magras. Câncer de vesícula biliar e de próstata também são mais frequentes em pessoas que sofrem com a obesidade.
Veja se você está acima do peso
Cálculo do Índice de Massa Corpórea
Peso (em quilos) ÷ Altura (em metros) duas vezes
De 18,5 e 24,9 kg/m2 = peso normal
Entre 25 e 30 kg/m2 = sobrepeso
Mais do que 30 kg/m2 = obesidade
Tratamento – É importante que todo médico, seja especialista ou não, tenha conhecimento adequado para dar início ao tratamento da obesidade que, se não tratada, diminui a expectativa de vida do paciente.
Diagnosticada a obesidade crônica, a conduta recomendada é a prescrição de uma dieta equilibrada e atividade física, muitos pacientes precisarão de medicação. Esta poderá ser necessária por tempo indeterminado, sempre com a supervisão do especialista. Mesmo as pessoas que conseguiram reduzir o peso devem manter a medicação para não voltar a ganhar peso. Os remédios para obesidade não são manipulados e nem aplicados em consultório. O médico precisa indicar o medicamento, com receita, para que a pessoa possa comprar em farmácia.
É bom ressaltar que sempre é importante fazer o tratamento clínico (medicamento + dieta equilibrada + atividade física) antes de recorrer à cirurgia bariátrica, já que essa pirâmide de ações pode dar os resultados esperados e não precisar levar o paciente à mesa de cirurgia.
Obesidade na Infância – quando os pais acham que a criança está acima do peso, é provável que ela já se encontre na fase de obesidade. Muito importante que os pediatras pesem e meçam as crianças e que tenham conhecimento sobre a doença para que as encaminhem ao tratamento adequado.
Entre os cuidados que os pais podem ter com os filhos para prevenir a obesidade precoce estão introduzir na rotina alimentos saudáveis, oferecendo refeições ricas em vegetais, frutas, verduras e legumes. Biscoitos recheados, macarrão instantâneo, embutidos, salgadinhos e bebidas adoçadas são alimentos ricos em açúcar, gordura e sal, portanto não devem fazer parte da alimentação regular.